Estudo 015 - Posições Perceptuais

Jonh Grinder e Judith DeLozier descreveram três "posições perceptuais" para você ganhar perspetivas sobre relacionamentos que envolvam você mesmo e outra pessoa. Quando usamos somente um ponto de vista, desenvolvemos "pontos cegos" em nossos mapas da realidade. Para enxergarmos mais em nosso mundo, precisamos mudar de posição.



Primeira Posição:
Você vê o mundo puramente do seu ponto de vista: a sua realidade, dentro de si mesmo, totalmente associado, se, levar em consideração o ponto de vista de qualquer outra pessoa. Você usa suas crenças, seu referencial pessoal e linguagem na primeira pessoa, isto é, "Eu acho", "Estou sentindo...", e quer descobrir "Como isto me afeta?" Use esta posição para descrever sua reação à outra pessoa: "Eu acho que ela está sendo muito..." (você adjetiva o comportamento da outra pessoa). Associado no seu próprio ponto de vista, crença e suposições, vendo o mundo externo través dos próprios olhos - posição "Eu".


Segunda Posição:
Aqui você se associa ao ponto de vista do outro, considerando como seria ver, ouvir e sentir na posição dele. Você pode usar a fisiologia e a linguagem da outra pessoa para ajudá-lo a "entrar no personagem". Assuma as crenças e os referenciais pessoais do outro. Lembre-se de falar sobre você mesmo, como se fosse o outro falando. Por exemplo: "Você parece...", "Você está...". Aqui você quer descobrir como o outro percebe a mesma situação ou o seu comportamento. Quando estamos em conflito com alguém, precisamos apreciar como ele se sente a respeito do que nós estamos fazendo. É a base da empatia, do rapport. Associado ao ponto de vista, crenças e suposições do outro, vendo o mundo externo através dos olhos dele - posição "El".


Terceira Posição:
Aqui você vê o mundo de um ponto de vista fora do relacionamento, como se fosse um observador totalmente intedpendente do sistema; você procura saber "Como seria a situação, vista por alguém não envolvido?" Nesta posição você tem informações sobre as crenças e os referenciais dos dois, já tendo passado pelas duas posições e pode usar isso para entender melhor a interação entre os dois. Use aqui linguagem na terceira pessoa, isto é, falando sobre você e o outro como "ele" e "ela" ou "eles". Por exemplo: "Ele diz que está cansado de...", "Eles estão tendo uma dificuldade...". É a posição do Diretor de Teatro/Cinema. É uma metaposição ou posição de dissossiação. Associado em um ponto de vista fora do relacionamento entre você e o outro; o ponto de vista de um observador não envolvido, fora da situação - posição "Eles".


Quarta Posição:
Essa posição permite que a pessoa se veja assistindo a interação de uma forma mais distanciada ainda. Não é posição de vida e sim uma posição do sistema onde a interação acontece. Posição de dupla dissociação. Associado na perspectiva do sistema como um todo; como o sistema vê a situação e a interação da perspectiva de todos - posição "nós".


As quatro posições são importantes; o objetivo em usá-las é poder mover-se livremente entre elas. Ficar somente em primeira posição seria egoísmo exagerado; ficar sempre se deslocando para a segunda posição é deixar-se levar indevidamente pelos pontos de vista dos outros; e ficar somente em terceira posição cria um observador desligado demais da vida. A capacidade de transitar pelas três posições é necessária para atuar com sabedoria e apreciar como os relacionamentos são maravilhosamente complexos. A diferença que você observará vendo o mundo de perspectivas diferentes enriquecerá a sua vida e lhe dará mais escolhas.






METAPOSIÇÃO
A Metaposição é utilizada quando se quer uma descrição do ponto de vista de um observador. Ela pode ser empregada no início de um exercício, como uma "base" neutra para escolher experiências a serem revividas, ou durante um exercício para avaliar informações de uma perspectiva mais "segura", caso fique difícil permane­cer num determinado es­tado. Ela é usada ainda para comparar diferenças e se­melhanças entre estados. Outro uso é para dar "feedback" de como percebeu a experiência.


ASSOCIADO
Vivenciar uma experiência, percebendo como é estar dentro dela, vendo através dos seus olhos, ouvindo e sentindo "na pele" tudo que faz parte da experiência.


DESASSOCIADO
Observar uma experiência sua, vendo-se e ouvindo-se de fora, como se fosse um filme.